Fruto da Jornada Nacional de Lutas da União Brasileira dos Estudantes - “Dinheiro Público, Para a Educação Pública”, mais de 300 estudantes ocuparam o prédio da Diretoria Regional de Educação (DIREC – 02) de Feira de Santana (110 km de Salvador), na tarde do dia 24 de março de 2010.
A manifestação começou às 14h, estudantes partiram em passeata de diversas escolas da cidade em direção à Praça do Instituto de Educação Gastão Guimarães, ponto tradicional de saída de manifestações estudantis.
O protesto foi organizado pela Associação Municipal dos Estudantes (AMES), pelos Grêmios dos Colégios: Gastão Guimarães, Teotônio Vilela, Assis, Luis Eduardo e pelas comissões do ECASSA, Carmem Andrade e Imaculada Conceição, além da participação dos diretores da Associação Baiana dos Estudantes (ABES) e da União da Juventude Rebelião (UJR).
Durante o percurso, indignados, os estudantes denunciaram a qualidade da educação na cidade, na Bahia e no país, a falta de investimentos e a falta de professores, livros e principalmente, a péssima estrutura das unidades de ensino.
Segundo Bruno Ribeiro, estudante do Gastão e presidente da AMES, “a situação das escolas é gritante, quando chove molha dentro das salas de aulas inviabilizando os estudos”. Para Eslane da Paixão, Diretora da ABES, “os estudantes correm perigo, já que em 2009 um ventilador caiu na cabeça de uma aluna do Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho”.
Durante a ocupação uma comissão, com diretores das entidades e representantes das escolas, foi recebida pelo Diretor da DIREC, Eutímio Alemida. A comissão colou a dificuldade de ser recebida anteriormente para tratar das reivindicações e perseguição de algumas direções escolares ao movimento estudantil como, por exemplo, a direção do Gastão Guimarães, que suspendeu uma aluna por ajudar na mobilização.
O Diretor da DIREC disse que buscaria soluções para os diversos problemas apresentados, entretanto não se comprometeu com prazos. Antes de desocuparem o prédio, em Assembléia, os estudantes deram um prazo de um mês para a resolução dos problemas.
Para Iracema Santos, da coordenação nacional da UJR, “a mobilização foi importante e demonstra que os estudantes estão preocupados e lutando pelo futuro, pois não podemos permitir que aconteça como ano passado onde 375 mil alunos deixaram de estudar”, observa.
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